O Comando Territorial de Santarém, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) apreendeu 20 redes utilizadas na captura ilegal do meixão no Rio Tejo, no concelho do Cartaxo. No âmbito de uma operação para reprimir a pesca ilegal do meixão – espécimes em fase larvar de enguia (Anguilla anguilla), os militares da Guarda removeram do leito do Rio Tejo os espécimes que se encontravam nas redes. O método utilizado pelos pescadores, nomeadamente a utilização de redes com diâmetro muito inferior ao permitido nas redes de pesca profissional, para além da captura do meixão, também tem impacto na restante fauna fluvial e ainda na segurança da navegação na massa de água onde estão colocadas, tendo sido também apreendidos quatro ferros/âncoras, utilizados para prenderem os artefactos de pesca. Esta espécie de peixes catádromos, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) encontra-se com o estatuto de conservação: “Criticamente em Perigo”, o que significa que corre “risco de extinção na natureza extremamente elevado”, pelo que, cumulativamente, a pesca do meixão é apontada, como um dos principais fatores de ameaça para a espécie, recordando-se ainda que esta atividade é proibida em todas bacias hidrográficas nacionais, à exceção do rio Minho. Por se encontrar em boas condições de sobrevivência, o meixão foi imediatamente restituído ao seu habitat natural. Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial do Cartaxo. Esta ação policial contou com o reforço da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS) através do Núcleo Especial de Operações Subaquáticas (NEOS). A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção ambiental e dos animais. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.