Assim tem acontecido no decurso dos últimos anos: sempre que chove de forma mais intensa, o rio Nabão fica repleto de matéria poluente, não só pelo deslizamento de lamas das margens mas principalmente pela mistura das águas pluviais com os resíduos domésticos, o que acontece devido à incapacidade da ETAR de Seiça – situada na Sabacheira – para tratar o aumento do caudal causado pela inexistência de separativos, o que leva a que a água da chuva seja encaminhada para o sistema público de saneamento. Para além disso, recorde-se que a própria Agência Portuguesa do Ambiente já identificou cerca de uma dezena de empresas em toda a bacia do Rio Nabão (suiniculturas, lagares de azeite e empresas ligadas ao ramo alimentar), cenário tornado público há largos meses mas sem conhecimento quanto à identificação de cada um dos infractores. A verdade é que o Nabão está, nesta quarta-feira, com uma tonalidade escura, com muita espuma e odor indicativo de descarga poluente.