A Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém – remeteu um comunicado para a redação da Hertz onde reforça a análise em torno da sua situação financeira, clarificando, ainda, o atual modelo de gestão. Esse texto, refira-se, incide na conferência de imprensa que decorreu no recente 11 de Outubro. Eis o comunicado, na íntegra:
«Na reunião, o Presidente da Direção, Domingos Chambel começou por explicar que “não estou aqui para auditar nem criticar os meus antecessores presidentes”. “Dentro da conjuntura económica que cada um enfrentou, o Eng.º José Eduardo Marçal, o Dr. José Eduardo Carvalho e a Dr.ª Maria Salomé geriram esta casa o melhor que puderam e souberam, dando parte da sua vida à NERSANT e contribuindo decisivamente para o desenvolvimento regional”, iniciou. O Presidente explicou de seguida a estratégia da direção. “A estratégia desta direção passou pela nomeação de três vice-presidentes com o objetivo de descentralizar e delegar competências para uma gestão mais participativa”, enunciando de seguida “o trabalho exemplar” de cada um no âmbito da representação da NERSANT nos diversos organismos dos quais faz parte, como a CIP, Agrocluster Ribatejo, Garval, Tagusvalley, Nerventure, Parque Almourol entre outros, desmentindo categoricamente a inatividade dos vice-presidente publicada pelo jornal O Mirante, a qual só tem um objetivo: “dividir a Direção e denegrir a sua imagem”. Quanto à recusa em “pedir financiamentos e em assinar responsabilidades na gestão de Maria Salomé Rafael”, o Presidente da Direção afirma que tal facto é mais uma notícia falsa de O Mirante, uma vez que “a NERSANT, com esta direção, já fez dois financiamentos em dois anos” e, na anterior direção, a 3 de julho de 2015, assinou, “na qualidade de vice-presidente com o tesoureiro, na ausência da Presidente da Direção, o refinanciamento de 1.500.000,00€, dos quais já amortizámos 90%”. O Presidente da Direção garantiu ainda que, ao contrário do que diz o jornal O Mirante maliciosamente, afirmando categoricamente que “a NERSANT não está prestes a fechar”. Quanto ao pagamento dos ordenados “fora de prazo”, como O Mirante anuncia falaciosamente, Domingos Chambel assegurou que “os vencimentos aos colaboradores da NERSANT foram sempre pagos até ao último dia útil do mês a que respeitam. “Só alguém de má fé como o Sr. Joaquim Emídio n’ O Mirante, num claro desrespeito e descrédito da NERSANT, ressabiado por lhe tirarem a mordomias que recebia sem trabalho e sem esforço, usa a mentira e a infâmia publicando no seu pasquim a difamada notícia.” Na abordagem financeira da NERSANT, face à notícia de O Mirante “NERSANT afundada em dívidas”, o Presidente Domingos Chambel argumentou: “quanto a dívidas, temos algumas como qualquer organização congénere, para as quais faz questão de honrar os seus compromissos como sempre tem feito, no entanto, temos que reconhecer que O Mirante e o Sr. Joaquim Emídio tem grande responsabilidade na situação financeira da NERSANT, pois quem subtrai todos os meses 2.635,00€ à NERSANT sem fazer qualquer trabalho ou esforço num descarado oportunismo, não tem qualquer legitimidade para se prenunciar sobre a situação financeira da associação”. “Lembramos que O Mirante, desde 2011, já faturou à NERSANT mais de 300.000€ ao abrigo de um protocolo da participada do Joaquim Emídio, Terra Branca, com a NERSANT para serviços de assessoria de comunicação social, nunca existentes, emitindo faturas de 144 assinaturas”, caso a ser resolvido nas instâncias judiciais. Em resposta à falta de tempo e preparação do Presidente da Direção para gerir a NERSANT, Domingos Chambel afirmou “que não me cabe a mim gerir as minhas capacidades, pelo que iremos apresentar todo o trabalho que uma vasta e competente equipa, Direção e Presidente desenvolveram nos seus dois anos de mandato, quer no campo dos eventos, empreendedorismo, formação, internacionalização e startups”. A apresentação, elencada por António Campos, Presidente da Comissão Executiva da NERSANT, deu conta da atividade da associação, contrariando assim a notícia do jornal O Mirante, que diz que a associação “desapareceu do mapa da região”. O Presidente da Direção da NERSANT focou-se, de seguida, no esclarecimento da situação financeira da NERSANT. “Quando nos apresentámos a sufrágio em plena pandemia em 2020, tínhamos a consciência das dificuldades que iríamos enfrentar: empresas paradas, a trabalhar parcialmente, sem informação, sem apoio, com cadeias de abastecimento quebradas, conjuntura negativa mundial e crédito fechado. Perante tal quadro, seria mais fácil desistir e invocar motivos pessoais e virar as costas, mas todos os membros da direção aceitaram o desafio: se as empresas precisam de nós, não é agora que a NERSANT vai fraquejar. Superámos todas as expetativas, quer no apoio direto ou indireto, através dos vários Ministérios, com a CIP e a AIP. Face ao chumbo do orçamento, seguiu-se uma gestão orçamental do Estado em duodécimos, com pagamentos sem qualquer previsão, acompanhada de uma guerra devastadora que empurrou a economia da Europa a tangera recessão, numa completa imprevisibilidade de crescimento mundial. Foi nesta difícil conjuntura que a NERSANT desenvolveu todos os projetos apresentados, conseguindo mesmo assim recuperar financeiramente em relação ao início do seu mandato”, registou Domingos Chambel. “Criticar depreciativamente a situação financeira da NERSANT e não ter em conta todo este contexto, não pode ser uma abordagem séria, nem aporta credibilidade a quem a difunde”, fez saber o Presidente da Direção da NERSANT, acrescentando que a motivação de todos estes “ataques à NERSANT, Direção, seu Presidente e Vice-Presidentes, só tem uma justificação: a decisão da Direção da NERSANT, num ato de legítima e boa gestão, denunciar o contrato mensal existente com a empresa Terra Branca, participada do Joaquim Emídio dono de O Mirante”, sendo estes “ataques”, “uma atitude persecutória e de represália pelas mordomias agora perdidas”. “O Sr. Joaquim Emídio e O Mirante fazem parte do problema, enxovalham e espezinham autarcas, empresários, empresas e instituições que trabalham dia e noite em prol dos seus concidadãos, dos seus trabalhadores, das suas gentes e região”, continuou Domingos Chambel, acrescentando que o “Sr. Joaquim Emídio e O Mirante, só visam o lucro, só o lucro, e perseguem quem lhe tira o dízimo, prestando-se a tudo para vender jornais e publicidade”. Por este comportamento que prejudica “gravemente a NERSANT”, Domingos Chambel avançou que “a Direção da associação deliberou entrar em blackout total com o Jornal O Mirante até este formalizar um pedido de desculpas à NERSANT, ou ter um comportamento digno na sociedade regional.” O Presidente da Direção frisou ainda na conferência que “a NERSANT não visa o lucro, não distribui dividendos e tem como seu objeto o apoio às empresas, empresários, desenvolvimento económico regional e bem-estar social. Os seus diretores não auferem qualquer vencimento ou qualquer regalia, subtraem às suas empresas e famílias, milhares de horas e euros, pagando tudo do seu bolso, a bem do interesse coletivo catalisador do desenvolvimento regional”. De referir que na edição de 13 de outubro, “O Mirante manhosamente já vem a deturpar tudo quanto se disse na conferência de imprensa da NERSANT. Os empresários têm e devem ter opções para quem prejudica a sua associação”.