Está disponível em vários organismos, instituições e casas de comércio de Tomar, um abaixo-assinado com o objectivo de conseguir a realização de um referendo sobre o Acordo Ortográfico. É o caso da junta urbana, da estalagem de Santa Iria, Farmácia Misericórdia ou a Companhia dos Livros, entre outros. Depois de já ter falhado, há alguns anos, o impedimento da entrada em vigor do acordo, o assunto volta a estar em foco com esta nova iniciativa que visa referendar o Acordo Ortográfico, que muitos consideram ser um atentado à língua portuguesa. Luísa Dinis, professora, é uma das muitas pessoas que, em Tomar e em todo o país, estão envolvidas neste processo que visa recolher as assinaturas necessárias para que o assunto volte a ser debatido e questionado num referendo que, a ser aprovado, deixe a decisão sobre o assunto aos portugueses: «Há uns anos recolhi assinaturas contra o Acordo mas não fui bem- sucedida porque não atingimos as tais 35 mil assinaturas necessárias. Com o tempo, esse acordo instalou-se, ainda que de forma obrigatória. Cabe aos portugueses decidir se querem esta grafia. Para mim, está em causa um atentado à identidade. Uma das minhas esperanças está canalizada em pessoas como Pedro Abrunhosa e Pedro Barroso, que conseguem cativar muitos fans. Muita gente não sabe que este processo está a decorrer, sendo que em Tomar tenho recebido uma boa adesão. Isto é uma aberração!».