A Câmara Municipal de Abrantes reforça este ano o apoio aos kits de primeira intervenção contra incêndios, tendo aprovado por unanimidade o apoio de 175 mil euros (+ 15 mil do que em 2021) para celebração de contratos interadministrativos para melhor desempenho de atribuições em matéria de Proteção Civil, com as Juntas de Freguesia de Abrantes e Alferrarede; Aldeia do Mato e Souto; Bemposta; Mouriscas; S. Facundo e Vale das Mós; Rio de Moinhos; Tramagal; Carvalhal; Fontes e Pego, sendo que as duas últimas integram pela primeira vez este dispositivo. As carrinhas ligeiras das referidas Juntas de Freguesia integram o Dispositivo Especial Contra Incêndios Rurais (DECIR), no âmbito municipal, para responder de forma mais rápida e eficaz no ataque aos incêndios, na sua fase inicial, até que cheguem os reforços ao local do incêndio, sendo uma mais-valia pela sua proximidade e rapidez. Estão equipadas com maquinaria, mangueira e tanque com capacidade de 600 litros de água, estando também apetrechadas com rádios de comunicação. Nos períodos de alerta laranja e vermelho, estarão pré posicionadas em Locais Estratégicos de Estacionamento (LEE), dentro do limite da respetiva freguesia, locais esses definidos previamente pelo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Abrantes.
As freguesias que não disponham dos recursos necessários para levar a cabo estas ações não deixam, por isso, de estar protegidas já que todos os restantes meios no âmbito da proteção civil são alocados em caso de necessidade. Para o Presidente da Câmara, «num território tão extenso, como o de Abrantes, precisamos de ter dispositivos em vários pontos do concelho para que, num processo de ignição de um incêndio, possamos ter condições de ataque rápido, na salvaguarda de pessoas e bens». Manuel Jorge Valamatos sublinha que «os kits de primeira intervenção funcionam também como instrumentos de vigilância, desempenhando um papel dissuasor e informativo, junto da população». O autarca releva ainda o trabalho «de grande esforço» das juntas de freguesia aderentes porque, «têm de alocar recursos humanos e algum investimento do seu próprio orçamento, ao serviço de uma causa tão importante e relevante».