A Câmara de Tomar terá de transferir mais 319 mil euros para a ‘Tejo Ambiente’, empresa intermunicipal responsável pela gestão da água, saneamento e resíduos do território nabantino, assim como de concelhos como Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal e Vila Nova da Barquinha. O valor em causa, recorde-se, é justificado no âmbito da «aplicação do mecanismo legal de reposição do equilíbrio financeiro». Já no ano passado o Município tinha sido obrigado a transferir 812 mil euros. Como se esperava, este foi um dos assuntos mais ‘quentes’ da recente reunião da Câmara de Tomar, sendo que – convém desde já esclarecer – o documento foi aprovado mas apenas com recurso ao ‘voto de qualidade’ da presidente Anabela Freitas. Como se esperava, o Partido Social-Democrata não concordou com os fundamentos apresentados para justificar esta nova despesa com a ‘Tejo Ambiente’. O vereador Tiago Carrão, por exemplo, recuou até 7 de Fevereiro último, altura em que questionou Anabela Freitas sobre a contabilidade da empresa. A resposta, na altura, não apontou no caminho destes números:
Anabela Freitas, presidente da Câmara, reforçou que, a 7 de Fevereiro, tudo indicava que as contas seriam mesmo ‘a zeros’, uma analise que nessa altura assentava numa transferência de um milhão de euros… algo que não aconteceu:
Tiago Carrão quis deixar claro que não ficou convencido com a resposta de Anabela Freitas, referindo mesmo não acreditar que a presidente de Câmara «não tivesse a mínima ideia» da magnitude dos valores agora em causa: