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ALCANENA – Ciclo “Conversas à Segunda”. Sistema de Saneamento ‘em cima da mesa’

Teve lugar, no Museu da Arte e da Indústria do Couro, a segunda sessão do Ciclo “Conversas à Segunda”, tendo a mesma sido dedicada ao Sistema de Saneamento de Alcanena. A abrir a sessão, esteve a intervenção de Nuno Silva (Presidente do Conselho de Administração da Aquanena), que abordou o tema “Os desafios atuais e futuros da Aquanena”, a que se seguiu a intervenção de Miguel Guerreiro (Diretor de Exploração da Aquanena), que apresentou o “Ponto de situação do Plano Estratégico para a Evolução do Sistema de Saneamento de Alcanena”. No que respeita à atividade da Aquanena, foi feita referência às intervenções prioritárias no Sistema de Saneamento de Alcanena, tendo também sido abordado o futuro dos aterros e da valorização dos resíduos e lamas da ETAR de Alcanena, assim como os desafios da eficiência energética, com projetos de unidades de produção para autoconsumo, da reutilização das águas tratadas e do reordenamento das empresas de curtumes. Foram, ainda, abordadas as temáticas do acréscimo dos custos da energia e dos reagentes, tal como a revisão do tarifário de saneamento industrial, por via do acréscimo de custos operacionais, estando esta temática a ser discutida com a entidade reguladora ERSAR. A “preparação do processo de concurso para a empreitada de execução da reabilitação e beneficiação da ETAR de Alcanena” foi apresentada por Filipa Ferreira (Técnica da Hidra – Hidráulica e Ambiente, Lda., entidade responsável pela elaboração do Plano Estratégico), que falou das perspetivas técnicas para a solução de afinação final do efluente, seguindo-se a intervenção de Susana Fernandes (Administradora da APA/ARH Tejo e Oeste), com o tema “ETAR de Alcanena – A importância do cumprimento da licença de rejeição no meio hídrico e os desafios da reutilização da água e da valorização das lamas”. Susana Fernandes aludiu ao cumprimento da licença de rejeição por parte da Aquanena e referiu que, face às atuais condicionantes climáticas, o tema da reutilização da água tratada é prioritário. Carlos Pina (Diretor dos Serviços de Ordenamento do Território da CCDRLVT) falou (por videoconferência) sobre o tema das “Áreas de Atividades Económicas – Importância na sustentabilidade territorial e económico”, tendo feito referência às potencialidades associadas à criação de um Parque de Negócios Local e à importância da promoção da eficiência coletiva do cluster do couro, com a congregação das indústrias num único espaço, ainda assim, não descurando as condicionantes de utilização dos solos nesses locais. A fechar o programa desta segunda sessão do Ciclo “Conversas à Segunda” esteve a intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Rui Anastácio, subordinada ao tema “Ambiente – Um dos pilares mais relevantes para o futuro do Município de Alcanena”. O autarca deu nota da criação, no futuro, do Parque Industrial do Couro, referiu a importância do pré-tratamento nas unidades industriais, assim como o desafio, em termos de eficiência, do processo de tratamento da Aquanena, tendo destacado a importância do trabalho em rede. Marcaram presença nesta iniciativa, apara além das entidades referidas, o Vereador Alexandre Pires, Carlos Castro, Chefe de Divisão da Divisão do Oeste, Leziria e Médio Tejo da ARH do Tejo e Oeste, Presidentes e representantes das Juntas e Uniões de Freguesia, deputados municipais, representantes do CTIC – Centro Tecnológico das Indústrias do Couro, da APIC – Associação Portuguesa dos Industriais de Curtumes, da AUSTRA – Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena, do Observatório Ambiental de Alcanena, do Conselho Consultivo da Aquanena, da empresa Pelicano (responsável pelo estudo-piloto de MBR, em curso na ETAR de Alcanena), assim como representantes de algumas indústrias de curtumes do concelho e munícipes em geral. Fotos: Aquanena / www.cm-alcanena.pt