Os números são da NERSANT – Associação Empresarial de Santarém: «com o eclodir da guerra na Ucrânia, as empresas estão a registar agravamentos significativos no custo das matérias primas, que poderão colocar em causa a continuidade de muitas, por não terem condições de absorver esses custos e fazer repercutir aos seus clientes». Nesse sentido, refere o mesmo comunicado, «em alguns destes fatores de produção, nos últimos três meses registo para o aumento das matérias-primas, nas seguintes proporções:
Ferro, aumento de 58%, de 98,29 USD, para 155,36 USD;
Niquel, aumento de 103%, de 1.401 USD para 2.849,90 USD;
Gás Natural, aumento de 18%, de 3,9572 USD para 4,656 USD;
O Brent (petróleo), aumento de 58%, de 66,49 USD para 104,80 USD.
«Mas o mais significativo, quando analisamos o preço médio da primeira quinzena de Março de 2021, para o valor médio de hoje, há um aumento de 408%, tendo passando der 49,52€, para 251,70€. Para compreender de que forma as empresas estão sentir estes agravamentos de custos, a NERSANT desenvolveu um inquérito rápido junto dos seus associados, tendo em vista compreender os termos em que os efeitos da guerra na Ucrânia estão a afetar o nosso tecido empresarial».
O resultado do inquérito foi o seguinte:
Os valores elevados da energia afeta 80,7% das empresas; Quando se analisa o peso média da fatura da energia no produto final, 40,3% é inferior a 10%, mas 37,1% significa 11 a 20%. Mas existem 13 % das empresas em que o peso é suprior a 30%; As repercussões dos preços elevados da energia nos transportes/logística, afeta 80% das empresas; Quando se analisa o peso médio da fatura dos transportes, no produto final, 40% das empresas têm uma repercussão inferior a 10%, mas 46% tem uma incidência entre os 11 e 30%; No que respeita às matérias-primas, 94,8% já verificam os respetivos aumentos; Quando se analisa o peso médio destes aumentos das matérias-primas, 45% regista uma variação até 20%, enquanto que 33,3% já é superior a 30%. As empresas também manifestaram preocupação com alguns aspetos a considerar: A banca pressiona cada vez mais os financiamentos, para que possamos suportar o brutal aumento das matérias primas e produtos acabados. Dificuldade em cumprir prazos devido a falta de existência de materiais e equipamentos. Escassez de matéria prima. Intervenção direta do estado na redução dos impostos nos combustíveis, eletricidade e gás. Os aços galvanizados subiram numa semana 50%. Há industrias que começaram a parar parcialmente, devido ao elevado custo da energia.