Numa iniciativa conjunta do Município de Torres Novas e da família de José Vassalo, vai estar patente ao público, na Praça do Peixe, de 26 de março a 26 de junho, a exposição «José Vassalo. Um mausoléu singular», comissariada por Raquel Henriques da Silva, diretora do Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa (IHA) e Margarida Elias, historiadora de arte (IHA), que se dedicaram nos últimos meses ao estudo da obra do artista, propondo agora ao público uma mostra sobre a sua vida e obra, com mais de setenta trabalhos. O Museu Municipal Carlos Reis é detentor de um vasto conjunto de mais de mil obras da autoria de José Vassalo, recebido por doação do legatário do artista em 2016 e 2017. Com o apoio da família de José Vassalo, foi finalmente possível estudar a sua obra. A inauguração da exposição acontecerá no dia 26 de março, às 16h, na Praça do Peixe, em Torres Novas. Nessa altura será lançado o estudo «José Vassalo (1944-2016). Retrato de um pintor na sua torre de marfim», edição do Município de Torres Novas, da autoria de Margarida Elias. A obra de José Vassalo poderá, assim, ser apreciada até 26 de junho, de segunda a sexta-feira das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30, e aos sábados e domingos das 14h às 18h. A entrada é gratuita para todos os visitantes, sendo igualmente gratuito o programa paralelo de oficinas educativas, para o público do pré-escolar, embora este esteja sujeito a marcação através dos contactos do Museu Municipal Carlos Reis (museu.municipal@cm-torresnovas.pt ). José Vassalo Pereira (Lisboa, 14.03.1944 – 30 .04.2016) Doutorado em matemática pela Universidade de Paris, foi professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, ao mesmo tempo que dirigiu as empresas familiares, em Torres Novas e Torres Vedras. Mostrando desde criança grande aptidão para o desenho, com predileção para o tema dos cavalos, foi discípulo de Raquel Roque Gameiro e especialmente do pintor Guilherme Filipe. A sua atividade como pintor desenvolveu-se sobretudo a partir de 1981. Vassalo dividiu a sua obra em séries (retratos, músicos, cavalos, paisagens e outros), com assuntos retirados da realidade vistos sob uma abordagem de cariz clássica, inspirada pela arte do Renascimento (especialmente veneziano, que ele muito admirava). Nesta exposição surgem vários trabalhos exemplificativos da grande qualidade estética que atingiu, como é o caso dos quadros do ciclo dos Músicos dos Cavalos e os retratos.