A alteração de regras para acesso ao Ensino Artístico dadas a conhecer às escolas, só neste mês de Agosto, por parte do Ministério da Educação está a conduzir as instituições ao protesto. Em causa, estão alterações que impõem quotas para novas matrículas e limites para o número de alunos já existentes. Como disse à Hertz Bruno Graça, presidente da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, que dispõe de uma escola de música e uma escola de dança, os limites avançados pelo Ministério tornam inviável o funcionamento e a sustentabilidade financeira futura das escolas de ensino artístico: «Decidiram, pasme-se, que para o Médio Tejo só pode haver 39 iniciações… De entre todas as crianças do Médio Tejo só 39 é que podem iniciar-se e ser financiadas, digamos assim, pelo Ministério na Classe de Iniciação à Música. À Gualdim Pais calhou sete… A sustentabilidade de qualquer escola é inviável».
Bruno Graça, que deu conta à Hertz de que a Gualdim Pais tem conseguido cumprir com os seus compromissos financeiros, aguarda, ainda neste momento, o pagamento, por parte da administração central, no âmbito do POPH, dos dois meses finais do anterior ano lectivo que, por esse motivo, está ainda por encerrar. Classificando de verdadeiramente vergonhosa toda esta situação e acusando o governo de querer acabar com o ensino artístico, Bruno Graça garantiu que a colectividade, apesar de tudo, vai avançar com o ano lectivo.