Uma senhora, tomarense, residente na localidade de Ervideiras, freguesia de São Pedro, está há mais de uma semana à espera para ser operada… a uma perna partida. Mas o imbróglio que envolve esta cidadã não fica por aqui: após a queda que sofreu, na própria casa, seguiu, via INEM, para o Hospital de Tomar onde, depois de realizados os devidos exames, lhe foi diagnosticada uma fractura. Foi encaminhada para a Unidade de Abrantes. Mas, aqui, perante a surpresa dos familiares, os profissionais de serviço não tiveram o mesmo diagnóstico, ou seja, não vislumbraram qualquer fractura e reencaminharam a senhora para casa, ainda que com a recomendação de repouso absoluto. Só que o tempo passou e as dores não desapareceram, impossibilitando a mobilidade normal… para quem nada tinha. Uma semana depois, perante as queixas, a senhora regressou ao Hospital de Abrantes e, desta feita, a perna estava partida. Esta história rocambolesca foi transmitida à Hertz por Fátima Carneiro, filha da acidentada: «Caiu em casa e chamámos o INEM. Entretanto, a minha mãe foi levada para o hospital de Tomar, tirou um raio-x, sendo que os médicos disseram que ela tinha a bacia partida e que tinha de ir de urgência para Abrantes no sentido de ser operada. Deu entrada nas urgências desse hospital e os médicos viram a radiografia mas disseram que não tava nada partido e que a senhora deveria voltar para casa em repouso absoluto durante três dias. Até disseram para lhe comprarmos umas muletas e foi o que fizemos. Mas, com o passar do tempo, a minha mãe não se conseguia levantar pelo que começámos a entender esta situação como muito estranha. Voltámos com ela ao Hospital de Abrantes ao final de uma semana e foi atendida nas urgências, sendo que o médico, depois de tirar uma radiografia, disse que a perna estava partida. A minha mãe tinha que ficar internada para ser operada, isto na segunda-feira, no final de uma semana da queda. Marcou-se a operação para esta quinta. A senhora estava em jejum durante todo o dia. Telefonei para o hospital e disseram-me que a minha mãe já não seria operada e nem sabia quando iria ser. Agora não sei quando é que a minha mãe será operada».
Fátima Carneiro lamenta, desta forma, que o parecer do primeiro atendimento em Abrantes tenha sido errado e diz que, por agora, só quer que a sua mãe seja operada. Depois, sublinhou, pondera avançar com uma queixa contra o Hospital de Abrantes.