O Ministério Público apresentou, a primeiro interrogatório judicial, uma mulher e um homem, de 18 e 20 anos respetivamente, indiciados da prática de dois crimes de roubo, um deles na forma tentada, e ainda de um crime de detenção de arma proibida. Existem fortes indícios de que os arguidos delinearam um plano para, em conjunto, assaltarem estabelecimentos comerciais que se encontrassem abertos ao público, com o propósito de se apoderarem de bens e quantias monetárias que estivessem em caixa. Em execução desse plano, no dia 14 de outubro, a dupla deslocou-se a um supermercado, usando uma meia de vidro na cabeça, que lhes cobria os rostos. Ali chegados, a mulher exibiu uma arma de ar comprimido adulterada para arma de fogo, apontando-a em direção à caixa registadora e solicitou à funcionária todo o dinheiro que tinha em caixa, que esta lhe entregou. Depois, dirigiram-se a um restaurante, com o mesmo propósito de se apoderarem do dinheiro da caixa registadora, estando a arguida munida da mesma arma de ar comprimido e o arguido de uma faca, usando ambos meias de vidro na cabeça e máscara cirúrgica, que lhes cobria os rostos, bem como luvas nas mãos. Houve mesmo registo para um disparo em direção ao teto do estabelecimento. Ainda assim, não conseguiram os seus intentos uma vez que foram impedidos pelas pessoas que se encontravam no estabelecimento, que os manietaram até à chegada da GNR.