O Vila Galé quer avançar, no segundo trimestre de 2022, com os projetos hoteleiros, já previstos, nos Açores e em Tomar, e com uma nova unidade hoteleira para crianças no Alentejo, disse o seu presidente à Lusa.
Em declarações à Lusa, Jorge Rebelo de Almeida diz que a preparação e arranque deste conjunto de projetos – dois deles previstos antes da crise da pandemia da covid-19 – dá-se porque são um grupo “otimista”.
“Acredito que estamos no bom caminho, que no próximo ano vamos consolidar a recuperação do turismo”, afirma, ao mesmo tempo que quando questionado pela evolução das receitas diz que “vai ser um ano fraco”, até porque são 12 meses e no final de 2021 “praticamente” só se terá “trabalhado bem um mês”, o de agosto.
Sem concretizar, acrescentou que o volume de negócios do grupo acumulado a agosto em Portugal subiu 22% face a 2020, mas caiu 57% relativamente a 2019.
“Abrimos quatro hotéis durante a pandemia, em Alter do Chão, Manteigas, Serra da Estrela e no Douro (o Vineyards). Fizemos a sede da Vila Galé em Oeiras e uma central de fruta no Alentejo. Neste momento, temos preparado para arrancar no segundo trimestre – como somos otimistas –, mais um conjunto de projetos para lançar no próximo ano, se a situação melhorar, como esperamos”, afirmou.
“Mas precisamos que o país comece a crescer”, reforçou.
Em causa o hotel nos Açores, em São Miguel, Ponta Delgada, que já está aprovado, um projeto de hotel das crianças para o Alentejo, o Vila Galé Nep Kids, e a construção da unidade hoteleira de Tomar, recentemente aprovada, nas antigas instalações do Convento de Santa Iria e antigo colégio feminino. Já o hotel para as crianças nascerá na herdade da Santa Vitória, perto de Beja, onde já existe o hotel Vila Galé Clube de Campo, bem como a adega e o lagar dos vinhos e azeites Santa Vitória.
Para já, o responsável não quis apontar valores de investimento.
Instado a comentar a atividade do grupo durante o verão, época alta, Jorge Rebelo de Almeida refere que este “foi marcado pelo mês de agosto, que foi realmente bom”, sobretudo, porque – acrescenta – “os portugueses superaram as expectativas”.
“O julho acabou por ser fraco depois da decisão do Reino Unido de nos colocar na zona vermelha, o agosto, sobretudo com o grande apoio e ajuda dos portugueses que este ano cresceram – apesar de talvez sermos o grupo com maior quota de mercado nacional –, excedeu as expectativas, acabando o agosto como francamente bom porque tivemos bons níveis de ocupação”.