As palavras são de Albino Almeida, presidente da Associação Nacional das Assembleias Municipais e foram proferidas na apresentação do livro “Democracia Local:1976-2021”, uma iniciativa da responsabilidade da AMO que teve lugar na sala de sessões deste órgão. “Há que olhar para a democracia local como faz a Assembleia Municipal de Ourém, porque ela corporiza aquela máxima da democracia local: O poder do povo, pelo povo e para o povo”, referiu Albino Almeida, elencando algumas das iniciativas que a AMO tem levado a cabo, nomeadamente os debates e as iniciativas que promovem a democracia participativa e a ligação com os jovens. Para Albino Almeida, esta publicação que retrata o poder local em Ourém nos últimos 45 anos, “deve ser lida por todos”, aconselhando os professores de história do concelho a “ensinar esta disciplina a partir deste livro”. Para o também presidente da Assembleia Municipal de Gaia e ex-docente, “provavelmente os alunos estarão mais interessados em aprender o que se passou há 40 anos na sua terra do que acontecimentos mais longínquos”, pois “tudo o que somos hoje como sociedade, devemos a todos os que nos antecederam, com os erros com os quais aprendemos, mas também com as coisas bem-sucedidas”. Mais uma vez referiu a importância dos jovens no desenvolvimento dos territórios, assumindo que este é “o maior sentido deste livro”, pois ajuda-os a compreender o seu passado, mas também a potencialidade e a função dos diversos órgãos do poder local (Assembleia Municipal, Câmara Municipal, Assembleia de Freguesia e Junta de Freguesia). Presente na sessão, o Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Miguel Albuquerque, destacou o papel da AMO como uma “incontornável referência a nível nacional, pela modernidade que estabelece em benefício de uma participação cívica que se pretende que seja transversal a todas as idades, em prol de um bem comum e do desenvolvimento social da nossa comunidade”, frisando que “os oureenses devem estar profundamente gratos à Assembleia Municipal de Ourém e a todos que contribuíram para o exercício da democracia ao longo dos 45 anos de história que esta obra assinala” e que devolve a “justiça devida às centenas de individualidades que contribuíram para o desenvolvimento deste concelho”. Por seu turno, o presidente da Assembleia Municipal de Ourém e grande mentor deste projeto, João Moura, agradeceu à pessoa que teve o despertar para esta ideia, o senhor Silvino Oliveira, que integrou o primeiro mandato (1976-1979) da AMO, como 1º secretário, enaltecendo igualmente o contributo de todos os intervenientes nesta obra que reúne, além de factos marcantes da história de Ourém, os nomes de todos os eleitos locais, os resultados dos sufrágios já realizados desde 1976, e conta também passagens e relatos históricos desconhecidos da maior parte dos oureenses. Na sua nota de abertura João Moura refere que esta é uma publicação “aberta” e a sua história continuará a ser contada pelos protagonistas que se seguem”. A narrativa continua a ser contada já na próxima tomada de posse, com os novos membros que passam a integrar os vários órgãos da democracia local e que constarão num pequeno livro que está a ser preparado para essa ocasião. João Moura terminou a sua intervenção referindo que “jamais nos vamos voltar a esquecer dos nossos parceiros, independentemente da cor política, porque a cor mais valiosa é a cor do concelho de Ourém”.