Início REGIONAL MÉDIO TEJO – Centro Hospitalar implanta, pela primeira vez, cardioversor-desfibrilhador subcutâneo

MÉDIO TEJO – Centro Hospitalar implanta, pela primeira vez, cardioversor-desfibrilhador subcutâneo

O Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo – de onde fazem parte os hospitais de Tomar, Abrantes e Torres Novas – iniciou a implantação de cardioversores-desfibrilhadores subcutâneos. Este dispositivo inovador oferece um tratamento de primeira linha para doentes com risco de paragem cardíaca e está habilitado para a gestão remota do doente. Segundo David Durão, diretor do Serviço de Cardiologia, “os cardioversores-desfibrilhadores convencionais transvenosos são seguros e eficazes no tratamento de taquiarritmias ventriculares que podem causar morte súbita, mas estão associados a algumas possíveis complicações, a curto e longo prazo, quer relacionadas com o procedimento quer com os elétrodos intracardíacos, como endocardites, fratura do elétrodo ou trombose do vaso sanguíneo de acesso”. David Durão refere ainda, “o dispositivo implantado no CHMT, é implantado subcutaneamente (o elétrodo) e submuscular (o dispositivo) e permite um maior conforto ao doente e uma abordagem menos invasiva, sendo garantida a mesma proteção ao doente, em risco de morte súbita cardíaca”. De acordo com David Durão, a realização deste procedimento só foi possível pela colaboração entre diversas especialidades e profissionais de saúde: “foi realizada formação prévia a enfermeiros, técnicos de cardiopneumologia, cardiologistas e articulámo-nos muito bem com o serviço de Anestesiologia, pelo que só me resta agradecer a colaboração de todos”. David Durão salienta ainda que, atualmente, já superaram em larga medida o número de implantes de dispositivos cardíacos, em regime de ambulatório e de doentes internados, em relação aos anos de pré-pandemia: “tem sido feito um grande esforço pelos elementos do Serviço nas várias áreas de atuação da Cardiologia; a retoma tem sido franca, quer a nível de consultas, quer de meios complementares de diagnóstico e implantação de dispositivos cardíacos”. A realização deste procedimento no CHMT, evita a deslocação de doentes para centros terciários, garantindo equidade e comodidade no tratamento dos doentes. Para David Durão, “na área da Arritmologia fica completa a oferta de tratamento de taquidisritmias à população de abrangência do CHMT, o que nos motiva a desenvolver novos projetos”.