O futuro dos trabalhadores da central a carvão do Pego, em Abrantes, que deverá fechar portas já a 30 de novembro, «preocupa o Secretariado Distrital do PS», refere um comunicado enviado para a nossa redacção. «A situação é especialmente grave na medida em que não está definido ainda o destino a dar a esta infraestrutura. Em cima da mesa está a possibilidade de reconversão para central de biomassa, aproveitando os resíduos florestais. Outras soluções estão também a ser equacionadas, mas esta seria a única forma de garantir a continuidade laboral no imediato assegurando a manutenção dos postos de trabalho. Esta solução permitiria à Central do Pego a reconversão para uma fonte de energia limpa, preservando o seu papel como importante pólo de produção de energia elétrica», reforça o mesmo texto. O presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, também já alertou publicamente para esta situação, lembrando que estão em causa entre 70 a 80 postos de trabalho das quatro empresas prestadoras de serviços e outros tantos da PEGOP, a empresa responsável pela operação e manutenção da central, o que tem impacto em inúmeras famílias não só de Abrantes, mas de toda a região. A central do Pego será a última central a carvão a fechar portas em Portugal, depois de Sines, que encerrou no início do ano, no âmbito da estratégia de descarbonização apresentada por Portugal, a cumprir faseadamente até 2050, mas será importante planear a reconversão daquela infraestrutura atendendo ao impacto que terá em termos sociais. «Será muito negativo se existir um desfasamento entre o fecho da central e o início de um novo projeto já que aquela infraestrutura, pelo número de postos de trabalho que envolve, tem um grande peso em termos económicos e sociais para a região do Médio Tejo», adverte o Partido Socialista.