O 12.º aniversário da canonização de São Nuno de Santa Maria acontece no próximo dia 26 de abril e o Município da Sertã associa-se à efeméride, que terá como ponto alto a celebração, pelas 16h, de uma missa na igreja do Seminário das Missões, em Cernache do Bonjardim, com lotação limitada conforme as normas da Direcção Geral da Saúde, que terá transmissão através das plataformas digitais do Município (site oficial e redes sociais).
Trata-se de “um momento marcante não só para todo o movimento religioso português mas também para o concelho da Sertã, que viu um dos seus filhos mais diletos ser canonizado pelo papa Bento XVI em 2009”, constatou José Farinha Nunes, presidente da Câmara Municipal da Sertã. Para o edil, “ao assinalarmos o 12.º aniversário da canonização de uma figura tão notável como São Nuno de Santa Maria estamos a prestar homenagem a um homem de enormes qualidades e cujo exemplo de vida ainda hoje serve de modelo e inspiração para todos nós”.
Após a celebração eucarística agendada para as 16h, na igreja do Seminário das Missões, terá lugar uma pequena romaria ao local de nascimento de São Nuno de Santa Maria, no recinto do Seminário das Missões, protagonizada por José Farinha Nunes e pela presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais, Filomena Bernardo, com o propósito de ser deposto uma coroa de flores no local. Trata-se de uma organização conjunta do Município da Sertã e da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais. Nuno de Santa Maria (de seu nome Nuno Álvares Pereira) nasceu a 24 de junho de 1360 em Cernache do Bonjardim. Intrépido cavaleiro, foi autor de várias façanhas militares, tendo uma ação decisiva na marcante Batalha de Aljubarrota, onde se jogava a independência de Portugal. Figura central no reino, foi Condestável e um dos homens mais poderosos do país. Abdicou de todos os títulos e das vastas propriedades que detinha e entrou para o Convento do Carmo, em Lisboa, onde iniciou uma vida dedicada à caridade. Morreu no dia de todos os santos de 1431 e quase cinco séculos depois, mais precisamente em 1918, foi beatificado pelo papa Bento XV. Em 2009, o papa Bento XVI canonizou-o, lembrando uma “figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélico, é possível actuar e realizar os valores e princípios da vida cristã”.