A direcção do Centro de Reabilitação e Integração Torrejano, de Torres Novas, diz-se de «consciência tranquila», assegurando que «honra todos os seus compromissos e obrigações». É esta a resposta da referida instituição social às acusações do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, que promoveu uma «acção de denúncia» para acusar o CRIT de promover «um violento ataque aos direitos das mulheres, das mães trabalhadoras e dos trabalhadores em geral». Está em causa a realização de um referendo para implementação do Banco de Horas Grupal. Diz o Centro que este procedimento «foi realizado com base na legislação em vigor, tendo sido acompanhado pela Advogada da UDIPSS de Santarém, que ministrou a formação e forneceu as minutas dos documentos necessários». «Cumprimos todos os prazos e agendámos o referendo, convidando o ACT e o CESP para estarem presentes, sendo que no mesmo marcaram presença duas representantes do CESP, durante o período da votação, até ao final do ato, com a contagem de votos e, foram ainda convidadas a assinar todos os documentos- ação que recusaram. Os colaboradores da Instituição pronunciaram-se por voto secreto, com exceção dos colaboradores que tinham filhos até 3 anos de idade. De referir ainda que, dos 115 trabalhadores, apenas três se encontram sindicalizados, prova clara e esclarecedora de que a Instituição cumpre todas as normas e não fez qualquer discriminação, uma vez que as pessoas com filhos até 3 anos têm que exercer voto expresso, ou seja, têm que decidir o que querem e não ficam sujeitos à decisão da Maioria (votação superior a 65%)». O CRIT acusa, depois, o Sindicato de «discriminação», «porque só refere, nas suas comunicações e denúncias, as mães esquecendo-se dos pais- é de realçar que no referendo também estiveram presentes dois pais com votos expresso, pela existência de filhos até 3 anos. A nossa Instituição nunca foi condenada em qualquer processo no Tribunal do Trabalho, pelo que consideramos que colocar em causa o bom nome do CRIT- que cumpre todas as suas obrigações legais e fiscais-, é também questionar a transparência de uma Casa com mais de 40 anos e com uma reputação/imagem irrepreensível. Este é, claramente, um ato condenável perante uma Instituição com tamanha ligação à comunidade, reconhecida pelo seu trabalho e dedicação junto da mesma. Lamentamos que a Agência Lusa tenha sido a única a procurar averiguar a veracidade da situação junto dos próprios e, que esta iniciativa não tenha sido tomada por outros órgãos de comunicação social, que se apressaram a divulgar informações não confirmadas junto da principal fonte, colocando em causa a sua ética. Estamos de consciência tranquila, somos uma entidade de utilidade pública, sem fins lucrativos e que honra todos os seus compromissos e obrigações».