Um grupo de militantes da Concelhia do Partido Social-Democrata do Entroncamento fez chegar um comunicado à redacção da Hertz onde dá conta de que a referida estrutura «tem estado dividida entre duas facções». Perante este cenário, os designados «representantes do citado grupo (casos de João Pedro Dâmaso, Paula Leitão, Rui Ramos, Amílcar Martins e David Lage) decidiram «romper com o processo de divisão interna e tentar, genuína e definitivamente, quebrar o ciclo interno em que apenas se chamam os militantes para, em momentos eleitorais, darem votos cegos de apoio a pessoas com quem mantêm laços de solidariedade, família ou mesmo lealdade, seja lá o que for que cabe neste último conceito». Esta mesma posição tem, assim, como objectivo dar «o primeiro passo para chegar a um acordo sério, sem reservas mentais, sem jogos de bastidores, com a convicção que só a união interna dos sociais-democratas da cidade pode, com garra e alma, ser vencedor num projeto para o Entroncamento, que conhecemos como tradicionalmente de esquerda e que agora, está indiciado, tem uma percentagem de quase 20% de votos em forças partidárias que refletem o descontentamento e a revolta dos cidadãos. Abrimos as conversações e falámos com o atual Presidente da concelhia do PSD, que depois deixou de ser candidato a um novo mandato…, falámos com o futuro candidato a Presidente (atual vereador), que afinal a meio do percurso também deixou de ser candidato… Foi um processo muito penoso que, com resiliência, aceitámos em prol de um bem maior. Mantivemos as negociações e fomos percebendo que se queria ganhar tempo. E aconteceu o inevitável. As negociações acabaram sem qualquer explicação no momento em que fechou o caderno eleitoral e, como se diz em gíria partidária, se fizeram as “contas da mercearia”, e se percebeu que não havia ameaça numérica para manter o poder interno. Foi feio! O civismo e a urbanidade são exigíveis a todos e muito especialmente a quem quer representar um partido. Enquanto sociais-democratas exigimos mais aos nossos representantes. Entendemos a liderança com o sentido de vocação e missão e não aceitamos faltas de respeito e atentados à dignidade seja de quem for. Hoje ganhar eleições exige mobilizar as pessoas, agregando-as à volta de equipas protagonistas de mudanças genuínas, enriquecidas com princípios e valores de natureza social, económica e ambiental. Não se ganham eleições na sociedade com “Chico Espertos”. Na democracia contemporânea, “Contar espingardas” e “Ganhar na secretaria” são conceitos e métodos ridículos de quem ainda não percebeu que ganhar apenas o círculo restrito onde se movem as eleições partidárias internas, seca e bloqueia a alternância e a inovação e não mobiliza a sociedade». Foto PSD Entroncamento/Facebook