Já é tradição. Uma triste tradição. Sempre que chove… quem sofre as consequências é o Nabão. Uma vez mais, o rio foi ‘alvo’ de uma imensa descarga poluente, notória essencialmente na cidade de Tomar, em particular na conhecida como zona desportiva. A imensa espuma cobre a água e o odor não deixa margem para dúvidas sobre aquilo que está em causa. A ausência de separativos faz com que cada vez que chove com mais intensidade as águas pluviais se misturem com as residuais, sendo que a Estação de Tratamento de Águas Residuais de Seiça, situada na Sabacheira, não tem capacidade para ‘trabalhar’ todo o volume de caudal. E o resultado fica à vista no Nabão, do qual também se aproveitam algumas empresas situadas a montante da ETAR, que lançam águas residuais para o sistema público sem o devido tratamento. Estes cenários estão identificados… mas até agora ainda não houve eco de acções concretas por parte da Agência Portuguesa do Ambiente ou do SEPNA da Guarda Nacional Republicana na punição dos infractores.