Graças ao esforço da Junta de Freguesia de Porto de Mós, e com o apoio da Câmara Municipal, foi possível suspender a licença de exploração de uma pedreira que deixou de estar em atividade por insolvência da empresa. Esta suspensão era essencial para que as Autarquias pudessem enveredar os esforços necessários para dar início ao processo de recuperação ambiental e paisagística daquele espaço. Nasceu, assim, a parceria entre a Junta de Freguesia, Câmara Municipal e a ASSIMAGRA, a associação que representa o sector dos recursos minerais em Portugal, a qual terá a responsabilidade de criar o projeto de recuperação e de o submeter à aprovação do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O projeto terá, também, de ter o aval da DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia, uma vez que a recuperação será feita, entre outros, através de inertes de outras produções extrativas, um processo que requer o devido licenciamento. O projeto, que tem uma previsão de conclusão de aproximadamente 10 anos, tem previsto o seu financiamento através da caução prevista na lei, que é deixada pela empresa e, ainda, através do apoio das empresas associadas da ASSIMAGRA que, assim, contribuem solidariamente para a recuperação de um território que, outrora, foi relevante para o sector e que, agora, precisa de ser devolvido à natureza.
Este tipo de projeto não é, aliás, o primeiro a ser implementado com esta configuração de esforços. No início do ano passado, o Município de Porto de Mós e a ASSIMAGRA celebraram a conclusão da recuperação de um antigo aterro de inertes com a plantação de 2020 árvores. Para Jorge Vala, Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, “este projeto de recuperação ambiental e paisagístico é muito importante porque vem reparar uma ferida que tínhamos no nosso território. É um projeto de longo prazo, mas fundamental para garantirmos um ambiente melhor para as futuras gerações.” Manuel Barroso, Presidente da Junta de Freguesia de Porto de Mós, afirma que ” o difícil processo de suspensão da licença está finalmente concluído e agora o mais importante é partirmos para a recuperação daquele espaço”. Por sua vez, Célia Marques, Vice-Presidente Executiva da ASSIMAGRA refere que “este é um bom exemplo do compromisso da nossa indústria com os territórios onde opera e de como pode fazer a diferença em termos ambientais. Queremos deixar uma marca positiva através da recuperação de uma antiga zona de produção, que vai ganhar uma nova vida com o projeto de recuperação ambiental que vamos empreender.”