O Hospital Nossa Senhora da Graça, em Tomar, foi palco, ao final da tarde desta quinta-feira, para a realização de uma conferência de imprensa que esteve a cargo da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos nabantinos. O local escolhido serviu, então, de base para os alertas dos promotores da iniciativa, que quiseram sublinhar o que consideraram como «maus resultados na prestação de cuidados de saúde depois de reorganizações sucessivas quer nos cuidados primários quer nos cuidados hospitalares», considerando que os responsáveis governamentais têm feito «fugas para a frente». Manuel José Soares, o rosto mais visível da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, teceu críticas às sucessivas administrações do Centro Hospitalar do Médio Tejo e não deixou de apontar o dedo ao que considerou «cumplicidade» de Torres Novas e Abrantes quando foi feita a primeira reorganização no CHMT: «Não tivemos ilusões em relação ao mandato do engenheiro Esperancinha que, com a cumplicidade de alguns autarcas, conseguiu implementar uma reorganização que foi negativa para as populares. De tal forma que o presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca, disse-me que até quatro anos os habitantes de Ourém estavam bem servidos, mas depois da reorganização as pessoas são mandadas para Abrantes, onde não há condições e as distâncias são maiores e as pessoas não têm dinheiro. E nessa conversa, quem estava comigo disse imediatamente que houve a cumplicidade de outros… Os autarcas que disseram que as medidas que estavam a ser tomadas eram as correctas, nomeadamente António Rodrigues e Maria do Céu Albuquerque, que agora diz cobras e lagartos relativamente à situação. Toda a gente sabe qual é a situação do Grupo Hospitalar. Quando o Ministro diz que este processo não será concretizado porque os autarcas estão contra. Como podemos acreditar nisto?».