Tudo leva a crer que dentro das próximas semanas, a região do Médio Tejo fique a “saber” que, afinal, morreram mais pessoas infectadas com COVID-19 do que os óbitos que, nesta altura, são tidos como “oficiais”. Um dos exemplos mais flagrantes deste acerto que ainda será feito centra-se no concelho de Alcanena, onde a própria autarquia continua a dar conta de duas vítimas mortais em vez da única referência que aparece no boletim diário das autoridades de saúde. Esta certificação de óbitos compete à Direcção-geral de Saúde, sendo que esse acerto terá que ser efectuado. Ou seja, em Alcanena, para além da morte de um senhor a 25 de Março há também registo para outra pessoa que faleceu e que estava infectada, precisamente um outro senhor, com idade na casa dos oitenta anos, residente em Covão do Coelho. Importa esclarecer que há uma diferença entre quem morre por COVID-19 e quem morre de outras causas ainda que esteja infectado. E cabe à DGS avaliar os certificados de óbito, procedendo, em tempo oportuno, ao devido acerto nesta indesejada contabilidade.