O arranque oficial aconteceu no dia 30 de janeiro, na sede da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, em Tomar, e contou com a presença de Anabela Freitas, presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Miguel Pombeiro, secretário executivo desta CIM, e Gonçalo Xufre, atualmente a exercer funções na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e coordenador do projeto. Na sessão, procedeu-se à assinatura de um protocolo entre a CIM do Médio Tejo, o Instituto Politécnico de Lisboa e a OCDE, que prevê a implementação do PISA para as Escolas na nossa região. A presidente da CIM do Médio Tejo evidenciou que este é “instrumento fundamental de apoio à decisão, para a definição territorial da política pública”. Segundo Anabela Freitas, a CIM do Médio Tejo “está empenhada em construir um território educativo”, que contemple várias áreas de intervenção, como seja a mobilidade, a habitação, o emprego, etc. “Quando trabalhamos as questões da educação temos de ter uma visão mais abrangente de modo a conseguirmos construir um território educativo, sendo uma pedra basilar na construção de qualquer sociedade”, afirmou a presidente, tendo acrescentado que através desta construção “o nosso foco é atrair e fixar pessoas para o nosso território”. Evidenciando a importância do PISA para as Escolas, e o estudo que será efetuado no âmbito do projeto, a presidente disse que “é importante que as nossas decisões sejam alicerçadas em estudos de modo a colmatarmos aquilo que são falhas e darmos uma resposta efetiva aos anseios das populações”. De seguida, Gonçalo Xufre, coordenador do projeto, referiu que é a primeira vez que o PISA vai ser implementado “numa metodologia de organização em rede, por zonas territoriais”. “Para a OCDE, Portugal é um projeto piloto neste sentido para tentarmos perceber se esta forma de implementação possibilita a capacitação das escolas, que não está a ser alcançada noutros países. Depois, dizer que é a primeira vez que o projeto está a ser implementado em formato digital”, salientou. Os autarcas do Médio Tejo, diretores dos Agrupamentos de Escolas, entre outros representantes, ficaram a conhecer a metodologia de trabalho que o PISA para as Escolas vai conferir neste ano letivo. Recorde-se que o PISA tem como objetivo essencial avaliar a forma como os alunos de 15 anos aplicam as competências que têm a Matemática, Leitura e Ciências face a problemas que os colocam perante situações de contexto real. Trata-se de um projeto de capacitação que se constitui em três fases: medir, explorar e atuar. Na fase da medição, mede-se a prontidão em que os estudantes se encontram para a vida ativa no pós-escola. Explora-se, através de um questionário, as atitudes dos alunos em relação à aprendizagem, o seu contexto sócio-económico, o ambiente de aprendizagem na escola e as suas competências sócio-emocionais. E a atuação começa quando a escolas recebem os seus relatórios, tendo o propósito de se descobrir como se conseguem melhorar os resultados obtidos. O PISA para as Escolas foi aplicado, desde 2012, em mais de 2200 escolas de 10 países, incluindo Portugal e agora no Médio Tejo.
Mais informações em www.oecd.org/pisa/pisa-for-schools/