O Convento de Cristo e a ADIRN – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte associam-se na evocação do cerco de Almansor ao Castelo de Tomar em 1190, que se assinala no próximo dia 13 de julho. Na Casa do Capítulo Incompleta, às 17H00, junto à Porta do Sangue, onde decorreu o combate entre as tropas de Almansor – rei de Marrocos, e os cavaleiros templários liderados pelo Grão Mestre Gualdim Pais, decorre a mesa redonda com dois importantes especialistas da História Medieval e da História Militar: Cláudio Torres e Pedro Gomes Barbosa. Cláudio Torres foi fundador e diretor do Campo Arqueológico de Mértola, fundador e diretor da revista “Arqueologia Medieval”, Doutor “honoris causa” pela Universidade de Évora (2001), Prémio Pessoa 1991. Desde 2006 Membro do Concelho Consultivo do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR). Entre 1974 e 1986, docente de várias cadeiras ligadas à História Medieval na Universidade Clássica de Lisboa. Foi ainda, entre outros, representante de Portugal no Comité do Património Mundial da UNESCO. Tem importantes publicações acerca da influência islâmica na História Medieval Portuguesa e dirigiu várias exposições sobre a temática, nomeadamente em Marrocos. Pedro Barbosa é professor associado com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Diretor do Instituto de Estudos Regionais e do Municipalismo, subdiretor do Instituto de Estudos Árabe-Islâmicos, entre outras atividades. As suas principais áreas de estudo são a História Medieval, História Militar e Segurança e Defesa. Esta mesa redonda será moderada por Andreia Galvão, diretora do Convento de Cristo, e será seguida por uma evocação histórica e combate de esgrima a cargo da ADIRN, junto à Porta do Sangue, designação que pretendeu retratar a violência do combate vencido pelo Mestre Gualdim Pais, então com 72 anos, e os seus homens. Esta evocação deve-se à evidente importância deste cerco árabe na história do castelo de Tomar, por ocasião da fundação e consolidação da nacionalidade portuguesa. Retrata ainda, e simboliza, a mestria dos cavaleiros templários em travar o forte contra-ataque dos muçulmanos, que tinham já feito recuar os portugueses desde o Algarve até ao rio Tejo e conquistado e saqueado castelos e povoações por todo o Alentejo e Ribatejo.