Um jovem, de 21 anos, foi presente a primeiro interrogatório judicial, depois de detido em flagrante delito, pelo crime de violência doméstica agravado e vários de ofensa à integridade física, podendo estar em causa também um crime de dano. Os factos ocorreram no dia 15 de outubro, pela hora de almoço e prolongaram-se pela tarde, consistindo o mais grave na projecção de uma frigideira contendo óleo a ferver na direcção da própria namorada, atingindo-a na cabeça, olhos e face esquerda. A vítima necessitou ser internada na unidade de queimados do Hospital de São José perante a gravidade das queimaduras sofridas. O indivíduo, residente em Alcanena, sem emprego nem qualquer membro de família na zona – pois que é originário de Lisboa – «está desenraizado social, familiar e laboralmente e aparenta problemas do foro psiquiátrico», refere a Procuradoria da Comarca de Santarém. Neste contexto, «elencados os perigos de perturbação do inquérito em termos de aquisição, conservação e veracidade da prova, continuação da atividade criminosa e perturbação da ordem e tranquilidade públicas e por ausência de lugar alternativo para ficar sem contactar a vítima, concluiu-se que a prisão preventiva era a única medida eficaz para acautelar a verificação de tais perigos, fundamentos que levaram o Ministério Público a promover essa medida, que foi decretada judicialmente», reforça o mesmo texto.