A Comissão Política Concelhia de Tomar do Partido Social-Democrata enviou um comunicado para a redacção da Hertz onde aponta um «grave desequilíbrio orçamental» no município na sequência da recente auditoria que esteve a cargo da Inspecção-geral de Finanças e que teve por base o triénio de 2014 a 2016. O PSD começa, desde logo, por dizer que «as principais conclusões dos resultados dessa auditoria integram um Relatório final que a Presidente da Câmara informou ter recebido a 1 de agosto. Contudo, este documento resultou de um Projeto de Relatório ao qual a Câmara teve acesso em 2018 e exerceu o direito de contraditório a 30 de novembro de 2018», apontam os sociais-democratas, que alertou para «um grave desequilíbrio orçamental», «assunção de compromissos sem fundos disponíveis por valores consideráveis» e «mantendo uma prática reiterada entre 2014 e 2016 de empolamento em mais de 50% das receitas orçamentais face à cobrança real previsível, sem que existam meios monetários disponíveis para o seu pagamento». O texto lamenta ainda que «quando questionada a presidente da Câmara, estarmos perante uma tremenda displicência e falta de profissionalismo no tratamento destes temas, refugiando-se, a presidente de Câmara, em justificações de falta de qualificações e formação das pessoas que trabalham na Câmara. E, pasme-se, até vem “defender, no âmbito do processo de descentralização, um programa de despedimentos na administração local». «Os problemas do Município de Tomar são os problemas dos outros municípios e a grande maioria deles já se adaptou ou está a adaptar-se, estão a “trabalhar com a prata da casa”, muitos já possuem departamentos de Planeamento e Controlo de Gestão e Auditoria Interna. A Câmara Municipal tem que apresentar estratégias que visem a implementação de soluções, consubstanciando um trabalho mais profundo e efetivo nestas matérias, sendo que se conclui que pouco ou nada tem vindo a ser feito pelo Município de Tomar nestas matérias. A Câmara Municipal já deveria estar a trabalhar num plano, do qual deveria fazer parte um departamento de planeamento e controlo de gestão e de auditoria. O Partido Social Democrata vem, por isso, alertar para uma situação financeira deveras gravosa, que pode colocar em causa o desenvolvimento do concelho de Tomar», conclui o citado comunicado.