O Juízo Central Criminal de Leiria condenou três pessoas (duas mulheres e um homem) pela prática de homicídio e de ocultação de cadáver. Estão em causa penas que variam entre os 12 anos e quatro meses e os 13 anos e seis meses de prisão. O acórdão deu como provado que no dia 11 de Fevereiro de 2015, na execução do plano previamente traçado, no interior do apartamento de um casal situado nas Caldas da Rainha, o primeiro arguido desferiu várias pancadas que atingiram o corpo da vítima, fazendo com que a mesma caísse no chão. Após a queda, os três arguidos colocaram-lhe uma fita adesiva à volta da cabeça, com várias voltas. De seguida, amarraram os punhos e os membros inferiores do falecido com braçadeiras de plástico, bem como com fita adesiva e uma corda de nylon. Os agora condenados planearam, então, ocultar o cadáver: o primeiro arguido abriu um buraco numa floreira que se encontrava numa residência em Alfeizerão, que foi arrendada por dois dos arguidos, e aí enterrou o referido corpo. Neste contexto, uma das mulheres, companheira do falecido, apôs, pelo seu próprio punho, a assinatura deste num requerimento/declaração para registo de propriedade de uma viatura, pertença da vítima, com vista a proceder à venda da mesma e posterior obtenção do respetivo produto. No âmbito de inquérito que correu nos Serviços do Ministério Público de Caldas da Rainha, a mesma arguida, na qualidade de testemunha, depois de prestar juramento, fez afirmações que estão em contradição com o sucedido, assim faltando à verdade.
