Dia 11 de maio, sábado, às 21h30, o Teatro Virgínia recebe a peça Veneno, com encenação e interpretação de Albano Jerónimo. Veneno foi escrito a partir de narrativas factuais verídicas, recolhidas num universo cosmopolita contemporâneo. 51% da população mundial encontra-se, neste momento, a viver em espaços urbanos – por razões económicas, melhoria das condições de vida, oferta de trabalho, entre outras. Veneno é, também, um texto centrado na ideia da decadência da família no contexto suburbano. Se a família é o paradigma ancestral daquilo que deve ser um governo, ambos manifestam, atualmente, a ideia de crise. Crise esta que, na génese etimológica, significa separar, dividir. A narrativa foca-se nas circunstâncias, e consequências trágicas, de um pai recentemente desempregado e falido que decide sequestrar os três filhos – depois de assassinar a mulher e o seu amante. O pai e os filhos convivem, então, num espaço exíguo e em condições precárias. O pai exerce poder e violência através da linguagem e os filhos expressam-se por intermédio do canto lírico. Reúne características simultaneamente horríficas, cómicas e abjetas, mostrando o homem na sua expressão mais grotesca – entre o horror e o humor. Veneno aborda fundamentalmente as consequências da falência social e a extinção da entidade família. Os bilhetes têm o custo de 7,5€ (sendo aplicáveis descontos) e podem ser adquiridos na bilheteira local (segunda a sexta das 15h às 18h30), nos pontos de venda Fnac e Worten e em www.bol.pt