A visita que os Independentes realizaram às obras que estão a decorrer no edifício do mercado de Tomar foram motivo para “troca de argumentos” na recente sessão do executivo autárquico. Anabela Freitas, presidente da Câmara, não perdeu a oportunidade para catalogar essa visita como «irresponsável», justificando esta tese com as questões relacionadas com a segurança, ou falta dela, ou seja, a autarca criticou que a comitiva dos IpT tivesse decidido visitar as obras sem avisar o responsável pela intervenção, neste caso o Município, e não deixou de fazer um reparo à ausência de capacetes da parte de Pedro Marques e demais eleitos dos Independentes. O vereador disse que já estava preparado para este reparo e ripostou, recuperando uma visita efectuada por uma comitiva da Coligação Democrática Unitária. De seguida, registo para a transcrição de parte do diálogo entre os dois eleitos:
Anabela Freitas – Senhor vereador, a sua visita às instalações do mercado… considero-a irresponsável. Porquê? Porque não foi comunicado ao dono da obra que iria visitar o mercado. É óbvio que se o senhor vereador nos tivesse pedido ou tivesse dito que tinha a intenção de visitar a obra, é claro que seria dada autorização. Não é por ai, como é óbvio. E o facto de ter visitado algo que está em obras e sem ter tomado as devidas medidas de segurança faz com que considere esta atitude como irresponsável.
Pedro Marques – Já vinha à espera de ouvir essa chamada de atenção. Permita-me até não digo brincar com a situação porque um mercado que era para abrir em 25 de Abril de 2014 mas já passámos 2015 e está no estado em que está… isto não é para brincar, é para falar a sério. Sobre a visita, já aqui ouvi o vereador Bruno Graça dizer que não tem nada a ver com a obra. No entanto, eu acho que quando ele lá foi com os elementos da CDU que visitaram Tomar, julgo que eles todos usaram capacete. Julgo que até foi um capacete vermelho para não destoar da cor. Mas não vi aqui a senhora presidente dizer ao vereador Bruno que não devia lá ter ido. A questão é esta. E também não vi lá nenhum trabalhador com capacete. E a porta estava aberta. E ainda me lembro do senhor presidente da Junta de Paialvo dizer que aquilo está um mimo e que está tudo pintadinho… Será que ele pediu a alguém para lá ir. Será que ele tem mais legitimidade do que eu e do que os eleitos da Assembleia para ir lá?.