Os habitantes de Tomar correm o risco de serem forçados a uma deslocação ainda maior do que acontece actualmente em caso de urgência hospitalar. O alerta é dado pela Concelhia do Partido Socialista que, num comunicado enviado para a redacção da Hertz, fala na eventual criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo, com consequências desastrosas para o hospital Nossa Senhora da Graça e para todo o Médio Tejo. Se este cenário desejado pelo Governo se concretizar, então as urgências médico-cirúrgicas que estão em Abrantes poderiam ser centralizadas no Hospital de Santarém. Perante isto, o Partido Socialista de Tomar já demonstrou a sua «total e frontal oposição à criação do Centro Hospitalar do Ribatejo, ou qualquer forma análoga de concentração de serviços hospitalares agora em Santarém, como antes o foi em Abrantes, em detrimento do investimento no reforço das valências no Hospital de Tomar». A Concelhia exige, também, a «recusa da integração do Hospital de Tomar nas Redes de Referenciação para Santarém e Lisboa, uma vez que os atuais eixos rodoviários permitem através do IC9 e da A13 uma melhor qualidade do serviço público de saúde, se a referenciação for feita para Leiria-Coimbra e não para Santarém-Lisboa», refere o texto. No comunicado em causa, o PS quer «a reabertura da valência de Medicina Interna no Hospital de Tomar, uma vez que um Hospital sem medicina interna não é verdadeiramente um hospital», justifica na sua tese, ao mesmo tempo que exige «também a reabertura de verdadeiras urgências no Hospital de Tomar, evitando que os doentes tenham de percorrer dezenas de quilómetros até às urgências mais próximas que, com o modelo agora pretendido, parece pretendido que passe a ser Santarém».