Realizou-se no dia 10 junho, a cerimónia de homenagem aos combatentes da Guerra do Ultramar do concelho de Santarém. Ricardo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Santarém, Coronel Garcia Correia, Presidente da Comissão Pró-Memorial, e Sargento Carlos Pombo, presidente do Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes, presidiram à inauguração do Memorial em honrados Combatentes do Concelho, da autoria do escultor Salter Cid. A cerimónia, que teve lugar no jardim da Casa de Portugal e de Camões, contou com a presença do presidente da Assembleia Municipal, António Pinto Correia, Luís Farinha, vereador da autarquia scalabitana, representantes das 28 freguesias de então, entidades civis e militares, antigos combatentes, um pelotão do Regimento de Apoio Militar de Emergência de Abrantes, familiares dos combatentes, entre outras individualidades. Coronel Garcia Correia referiu que a guerra do Ultramar não podia ficar esquecida nas consciências dos portugueses. “Durante 14 anos as Forças Armadas Portuguesas cumpriram o seu dever na esperança de que o poder político resolvesse pela via diplomática o contencioso colonial”. Garcia Correia lembrou os 49 militares do Concelho que morreram no Ultramar e disse que a Comissão para a Edificação do Memorial considera “um dever histórico e patriótico dotar Santarém com este Memorial para que permita às atuais e futuras gerações confrontarem-se com a história da sua Cidade”. Carlos Pombo, presidente do Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes, mencionou que os Combatentes do Concelho bem como toda a população se juntam, a partir deste dia, à população de mais de 200 locais nacionais e estrangeiros onde obras de arte escultóricas nasceram ao longo dos séculos XX e XXI “para eternizar a memória do passado através da pedra, do ferro e do bronze, o sacrifício dos Combatentes mortos e vivos ao serviço de Portugal que combateram em África”. “Este monumento não apaga a dor dos combatentes e das suas famílias, mas é um permanente reavivar da memória de todos para que tenhamos consciência da necessidade imperiosa de evitar a guerra. É essencial que as jovens gerações, que felizmente têm sido poupadas deste sofrimento, percebam a necessidade de investir cada vez mais na Paz. Hoje, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, estes valores têm de ser realçados”. Carlos Pombo terminou a sua intervenção com o Grito da Liga dos Combatentes. O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, afirmou que através do memorial aos combatentes da guerra colonial, Santarém dá prova do respeito e do reconhecido tributo “que nutre pelos seus homens que saíram para a Guerra Colonial, onde muitos deram à Pátria o bem mais precioso que tinham – a sua própria Vida”. Ricardo Gonçalves disse que Santarém homenageia, também, os jovens de então, de todas as freguesias do Concelho que foram alistados para combater deixando para trás os seus sonhos e projetos de vida. “Devemos esta consagração aqueles que cumpriram o seu dever, por conta da pátria, e em prejuízo das suas famílias. Este memorial representa um fragmento da nossa História, construído de vidas e de resistência destes homens simples, cuja coragem e crença se ergue nesta obra”. O edil terminou dizendo que “festejar este dia, é lembrar que a dimensão de um povo se encontra na habilidade e na firmeza em vencer as infindas dificuldades com o respeito pelos valores e defesa da identidade” e que não haveria melhor dia para esta Homenagem, do que o Dia de Portugal porque ao evocar estes homens é evocar os laços que unem um País.” www.cm-santarem.pt