Foi fundado em 31 de Dezembro de 1976 e completou 42 anos, sempre ao serviço dos seus associados, do rancho e das gentes de Alviobeira através das suas grandiosas instalações, que na altura em que começaram a aparecer subsídios de apoio à cultura e recreio o falecido Lino Arsénio Ribeiro soube em Santarém junto do governo civil solicitar, apoio estatal para a sede e com um grupo de pessoas representativos de cada lugar fundar esta Associação. Nestas instalações se tem passado bons momentos de convívio e pelo palco, o rancho de Alviobeira (que é associação independente e de utilidade pública) tem dado grandes alegrias, mostrado os seus valores e criatividade. Na cozinha agora remodelada e em que esta direcção sob a “batuta” de Carlos Silva foram investidos 11 mil euros e que a tornou como a cozinha de um grande restaurante, se tem confeccionado refeições, pelas mãos hábeis da Cidália Antunes e outras “mestras”. Ou seja uma casa aberta e com vida e com um programa de actividades que vai mais além das “associações de porta aberta”. Porém a câmara é mesmo de porta aberta, através dos seus serviços que classifica, este Centro, dentro dos muitos que compõem o concelho, num universo de cerca de 200 associações. E como quem está dentro desta classificação, em que o poder político cria parâmetros e o trabalho dos técnicos da câmara de quem tem funções da cultura, – não sabem, nem nunca descem ao povoado, para ver o que se faz e como se faz – o Centro de Alviobeira recebe da câmara 200 euros de subsidio anual e paga 500 euros de IMI, ou seja tem para ter as portas abertas de “subsidiar” a Câmara, via Finanças de 300 euros (a receita do IMI é receita dos municípios) e a culpa não se deve só à Câmara, mas sim às direções do Centro que já podia ter tratado a classificação da colectivade de utilidade pública, como é o caso, por exemplo, de associações, fundações ou cooperativas que não pagam imposto sobre os imóveis que destinem directamente à realização dos seus fins. O rancho que não tem instalações de sede próprias, e faz uso da Escola Primária e do Museu por comodato, é Instituição de Utilidade Pública e aí temos que tirar o chapéu a António Coimbra Duarte, entre outros que tratou do processo para tal. Por isso José Júlio Ribeiro que abriu os discursos – presidente da Assembleia do Centro, não pode apontar o dedo à política dos gastos anuais com o IMI, já que o Centro de Alviobeira, que pela sua actividade, e serviços prestados, pode “trabalhar nesse processo e levar, como é o caso de colectividades de cultura e recreio e as organizações não governamentais e outro tipo de associações que estão isentas relativamente aos prédios utilizados como sedes mas desde que a assembleia municipal respectiva delibere nesse sentido, com a lei contempla! Há que trabalhar nisso! De verdade ter a porta aberta, fazer actividades, pagar a água e luz, requer um ginástica muito grande para manter de pé estes “pilares do convívio e cultura”
Discurso emotivo de Filipa Fernandes – Presente neste aniversário a vereadora Filipa Fernandes que emotivamente referiu “este colectivo humano aqui em Alviobeira falta por vezes na cidade e sozinhos não somos nada”. Depois recordou os que nestes 42 anos levantaram as paredes e pediu um minuto de silêncio por todos os que partiram e que deram o seu contributo a esta colectividade. Emotivo! José Manuel Fortunato Pereira – presidente da Assembleia Municipal – na sua alocução desmistificou o lugar comum “na cidade – ouve-se tantas vezes- vocês tem tudo e nós não temos nada! Não concordo! Na cidade não temos este calor humano e vocês são muito mais felizes. Na cidade não se arranja uma equipa para fazer este almoço, com este carinho”. E fala com experiência da sua passagem pela direcção da Associação de Carvalhos de Figueiredo. Presente o presidente da Casa do Concelho de Tomar – Carlos Galinha – e os autarcas da junta de freguesia e Assembleia de freguesia e num espirito de união nesta “união de freguesia” e bonito de ver representantes de 10 associações, desde o Algáz a Ceras, faltando só da Associação dos Calvinos. O almoço – bacalhau com batatas a murro – estava divinal e após o almoço, em palco o rancho de Alviobeira (como forma de agradecer o uso desta casa que também é sua e o seu grande palco) deu um actuação e recriação etnográfica digna de registo e que nos toca em muito, nos nossos usos e costumes e tradições. Mais uma vez Manuela Santos preparou não um espectáculo só de dança, mas muito mais- cultura e tradições. Registo que esta direcção, sem desprimor para outras que passaram, tem feito um excelente trabalho de investimento e o agradecimento ao sócio anónimo que ofereceu um grande ecrã de televisão que permite que os sócios e amigos possam aqui passar bons momentos de convívio e dia 23 de Fevereiro convidam todos a ir assistir a uma GRANDE NOITE DE FADOS que só prova ” que este Centro não é uma associação de porta aberta” em termos de subsidio, mas muito mais que isso! António Freitas