Decorreu, no Largo dos Combatentes, em Torres Novas, uma cerimónia evocativa dos 100 anos de Armistício e homenagem aos combatentes da Grande Guerra. Às 11h, em Torres Novas e por todo o mundo, os sinos das igrejas tocaram a rebate, uma iniciativa simbólica para lembrar precisamente a hora em que em 1918, há cem anos atrás, se declarava o cessar-fogo da Primeira Guerra Mundial. Nesta cerimónia, organizada pelo Município de Torres Novas e pelo Núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes, representada pelo seu presidente, General Abel Lemos Caldas, o Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, relembrou no seu discurso que este dia, simbólico do renascer da paz, de uma guerra em que milhares de soldados sobreviveram e outros perderam a sua vida, “merece uma reflexão muito mais profunda”, sobretudo dos mais jovens que são o futuro das nações”. No seu discurso, Pedro Ferreira lembrou também os milhares de militares portugueses que perderam a sua vida em combate, e nos quais se incluem muitos torrejanos: “Gente simples, muitos do meio rural do nosso concelho, onde a Guerra os reclamou e os retirou da tranquilidade do amanho das terras e do carinho de um lar com muitos filhos, para uma primeira linha de fogo e de gases, onde a grande maioria deles, de guerra só ouviam falar e de armas pouco ou nada sabiam utilizar”. Nesta efeméride, que Pedro Ferreira definiu como marcante, o presidente da autarquia deixou um apelo a todos os governantes: que se descubra um caminho sempre pautado pela geração de consenso “Para que não voltemos a comemorar mais Dias de Armistícios”. O presidente da câmara municipal e o presidente do núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes depositaram flores junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra.