Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, desafiou o Partido Social-Democrata a seguir com o polémico processo do arrendamento da Estalagem de Santa Iria para outras instâncias. Como se previa, o assunto foi discutido na reunião do executivo sob fortes divergências, sendo que a novidade passou mesmo pela presença do Júri que decidiu atribuir a vitória no concurso à empresa leiriense Sólido Favorito. António Cúrdia, Catarina Oliveira e António Guerreiro foram contestados por alguns dos concorrentes, nomeadamente por Sónia Pais, do Hostel 2300 Tomar, a empresa, precisamente, que tinha ganho a primeira fase por ter apresentado a melhor proposta, entre renda e valor de investimento. No entanto – e ficou essa explicação – este concorrente foi, depois, colocado de fora – assim como outro que tinha passado em terceiro lugar – por falta de registo criminal, sendo que, aqui, o Júri assumiu uma falha na verificação de documentos. Quanto às intervenções, Célia Bonet, vereadora do PSD, foi contundente, referindo que a Câmara sempre tratou este processo «de forma arrogante» por «decidir não valorizar as chamadas de atenção do PSD». Célia Bonet disse mesmo que o júri excluiu concorrentes quando não o podia fazer… e os ânimos subiram mesmo de tom perante uma reacção de Anabela Freitas que a eleita social-democrata considerou como desadequada:
António Cúrdia, presidente do Júri, disse que o grupo quis prestar esclarecimentos pela «quantidade de calúnias nas redes sociais», referindo que tudo o que foi feito, foi em nome da Câmara. A empresa Sólido Favorito que, em sede de audiência prévia, reclamou do facto de dois concorrentes terem sido aceites sem que no processo tivessem apresentado toda a documentação que o programa do procedimento obrigava.