A Comissão de acompanhamento sobre a poluição no rio Tejo reuniu com o ministro do Ambiente, no dia 7 de agosto, no Parque Tejo, no Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes.
Foi a oitava reunião deste grupo de trabalho e a mesma teve como objetivo fazer o ponto de situação dos trabalhos de despoluição do Tejo, bem como a apresentação do projeto Tejo Limpo.
No final da reunião, em declarações à comunicação social o ministro deixou a garantia da “boa qualidade da água” do Tejo.
Sete meses após a situação de extrema poluição no Tejo, com a formação de grandes blocos de espuma branca e amarela, com grande visibilidade junto ao açude de Abrantes, João Pedro Matos Fernandes elencou as várias medidas operadas pelos vários serviços do ministério do Ambiente: Retirada de mais de 15 mil metros cúbicos de lamas do Tejo, que eram poluição e que correspondia a 94% da carga orgânica (operação terminada a semana passada), implicando um investimento de 1,7 milhões de euros; Realizadas mais de nove mil análises desde novembro de 2017, feitas por “dois amostradores em contínuo”, que continuam a ser feitas todos os dias, para aferir a qualidade da água, em sete pontos diferentes”, desde Peraia, à entrada do Tejo em Portugal, e até Constância; Emissão de novas licenças para utilização de recursos hídricos empresas por empresa e ETAR´s municipais. Mais rigor na emissão desses títulos, a partir da capacidade que o meio hídrico, o rio Tejo, tem, ele próprio, de depurar os efluentes, ainda que tratados;
O governante deixou o compromisso com a vigilância sobre a qualidade da água, tendo anunciado para os três anos que se seguem a implementação do projeto Tejo Limpo, que representa um investimento de 3,6 milhões de euros e que inclui as seguintes medidas: Reforço de meios técnicos para a fiscalização do Tejo, com dois novos barcos e dois veículos todo o terreno, além de material de análise; Regresso dos antigos guarda-rios (vigilantes da natureza) ao Tejo. Dentro de um mês, a APA [Agência Portuguesa do Ambiente] lançará o concurso para cinco guarda-rios que irão fazer a vigilância na bacia hidrográfica do Tejo; Criação de plataforma tecnológica para concentração de toda a informação gestão, no sentido de aferir os resultados do autocontrole diário de todas as fábricas e de todas as estações de tratamento de águas residuais.
O ministro concluiu fazendo uma alusão ao papel das autarquias ribeirinhas, quer na identificação dos problemas, quer na parceria procurando soluções. “Hoje, estamos também a devolver um Tejo limpo às autarquias”, frisou.
A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, que também preside à CIMT, uma das entidades impulsionadora da constituição desta comissão de acompanhamento, criada a 19 de janeiro de 2016, congratulou os resultados alcançados. Maria do Céu Albuquerque alertou para a necessidade de se trabalhar para a manutenção e superação dos resultados, tendo como objetivo central “recuperarmos esse grande ativo nacional que é o rio Tejo”.