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TOMAR – Escola de artistas em Alviobeira: Jorge Roberto, “o poeta” do Mourolinho, abriu a temporada cultural

A Escola Primária de Alviobeira que foi protocolada ao Rancho de Alviobeira iniciou este ano de 2017 com as suas temporadas culturais. Refere a directora do rancho – Manuela Santos, acerca do primeiro momento: “Aos primeiros acordes e poemas, o público ficou preso ao talento e à simplicidade do grande poeta Jorge Roberto. À hora marcada, com a viola na mão, chegou Jorge Roberto à antiga escola primária de Alviobeira, um espaço que está sobre a responsabilidade do rancho. Desde que a escola primária nos foi cedida que o principal objetivo foi dar vida a este espaço, transformando-o num palco de experiências memoráveis, aberto à aldeia e a todos que a visitam. Jorge Roberto, foi o convidado, do passado domingo, para um espetáculo de caráter intimista e que recriou o ambiente de uma sala estar, privilegiando a interacção com o público. Depois de cerca de duas horas de pura magia musical e poética todos ficaram contagiados pelo talento enorme deste artista autodidata “da cabeça aos pés”. Concertos na sala de estar é o conceito que queremos implementar, transformar a sala da escola primária num palco de espetáculos, permitindo uma maior proximidade e onde o silêncio permite ouvir a palavra.

A escola primária, tem duas salas, uma transformada na sala de estar, onde se realizam as atividades propriamente ditas e a outra sala foi transformada uma pequena cafetaria. Com entrada livre, o espetáculo reuniu cerca de 60 pessoas, e aqueceu a alma numa tarde de domingo fria e chuvosa. O próximo evento será no próximo mês de Março, domingo dia 12, dando assim continuidade ao planeamento agendado para o espaço, garantido todos os meses, no segundo fim de semana, uma atividade na nossa sala de estar”. Registe-se que Jorge Roberto nascido e criado na vizinha freguesia da Igreja Nova, é um autodidacta em termos musicais e começou a dedilhar quando um dia achou no lixo uma viola. Começou compor poesias suas a tocar e a cantar e hoje já é presença em noutes de fado em Ferreira do Zêzere e não só, ombreando com outros artistas da música. O homem que todos os anos faz o presépio de sua autoria na sua aldeia natal a Mourolinho, junto ao adro da capela de Nª Srª das Candeias, teve como grande escola da vida, uma vida de trabalho no “duro” a licenciatura em “pinhais” como gosta de referir; mas está-se a revelar um grande, mas grande artista! António Freitas