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TOMAR – Cidadãos claramente prejudicados com o preço da água… que é vendida pela mesma empresa quase pelo dobro do preço do que acontece em Lisboa

Lisboa e Tomar “gastam” a mesma água, comercializada pela mesma empresa, precisamente a EPAL. Mas nas contas finais, o consumidor tomarense tem uma factura bem mais dispendiosa, valores que fazem do concelho um dos “mais caros” no que ao preço da água diz respeito. Basta, aqui, olhar para um estudo da DECO – Associação de Defesa do Consumidor – que fala em valores superiores a 321 euros para um consumo anual de 120 metros cúbicos. Isto tendo como base de referência os valores praticados em 2016. Comparativamente com outros concelhos, em especial com Ourém, os cidadãos tomarenses ficam a perder. Basta dizer que o mesmo consumo tem um custo situado entre os 81 e os 160 euros. Quem também comparou custos foi Bruno Graça, vereador da CDU na Câmara de Tomar e também membro do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento. O eleito disse mesmo que «não faz sentido» que a EPAL venda água a Lisboa por metade do preço do que é vendida a Tomar: «Esta situação passa pelo Governo central. Algo em de mudar no preço da água que estamos a pagar. Continuamos a dizer que algo tem de mudar. Não faz sentido que a EPAL forneça aos clientes de Lisboa uma água a 0,26 cêntimos o metro cúbico e que forneça à Câmara de Tomar pelo preço de 0,54. Há aqui algo que não está correcto. A mesma empresa vende a mesma água e com estas diferenças de preços. Há que se avançar para um estudo, um plano de redução destas perdas comerciais de maneira a que possa haver mais disponibilidade financeira para investir como também se equacione os custos colocados aos clientes na venda de água. Estão em causa 43% de perdas comerciais. Isto pode e deve ser atacado».Refira-se que nesta terça-feira foi analisado, em reunião da Câmara de Tomar, o Relatório de Actividades e Contas dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento referente ao ano de 2016. E neste ponto, Bruno Graça deu conta de que há milhares de metros cúbicos de água que os SMAS não podem facturar, num total que ascende aos 400 mil euros.