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SARDOAL – Município recorre ao Presidente da República para resolver falta de médicos de família. Miguel Borges fala em «terceiro-mundismo»

O Presidente da Câmara Municipal, Miguel Borges, enviou uma exposição ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertando para a falta de médicos de família neste Concelho, após se terem esgotado as vias institucionais adequadas à situação sem que algo de concreto tenha sido feito. Na missiva enviada, Miguel Borges alerta para o facto de esta ser uma situação que se arrasta desde 2009 “com evidente prejuízo de um grande número de pessoas e profundamente lesiva dos direitos constitucionais dos cidadãos”, classificando-a “como “terceiro-mundista” nada condizente com um País que se quer Europeu, no século XXI” e informando o Presidente da República de que “a nossa relação com as autoridades de saúde tem sido de enorme disponibilidade e colaboração, sem que, ao longo de todos estes anos e de sucessivos Governos, encontre um pequeno sinal que me permita ter algum otimismo ou alguma esperança.”

Na exposição pode ainda ler-se: “Saber que pessoas que necessitam de medicamentos para os seus tratamentos têm que deixar no Centro de Saúde o pedido e só passado muito tempo (mais de um mês), é possível levantar o receituário é algo que não faz sentido nem pode acontecer. Passar no Centro de Saúde, como aconteceu no passado dia 20 de janeiro, às 8 horas da manhã, com os termómetros a marcarem três graus negativos, e ver mais de uma dezena de utentes, na sua maioria idosos, à espera do abrir das portas para tentarem conseguir uma consulta, é revoltante.”

Desta forma, «este Município recorre a o Presidente da República, à sua sensibilidade e magistratura de influência desenvolvida face a situações que ponham em causa a segurança e os direitos dos cidadãos, na esperança de que este processo possa ser analisado e resolvido. Paralelamente, o Presidente da Câmara solicitou aos Grupos Parlamentares o agendamento de reuniões com os Deputados eleitos pelo Círculo de Santarém para análise e discussão da situação exposta», refere o texto divulgado pela autarquia sardoalense.