Militares da Unidade de Intervenção da Guarda Nacional Republicana detiveram, durante a madrugada desta terça-feira, oito pessoas por suspeitas da prática do crime de roubo qualificado, nas zonas de Lisboa e Santarém. Os detidos, seis homens e duas mulheres com idades entre os 30 e os 45 anos, alguns com antecedentes criminais por usurpação de funções e roubos, faziam-se passar por alegados inspectores da Polícia Judiciária, simulando o cumprimento de mandados de busca domiciliária emanadas por Autoridade Judiciária, para roubar as vítimas.
Para a realização dos roubos os suspeitos recolhiam, na fase inicial, informação sobre as vítimas, designadamente da quantidade e valor dos seus bens. Posteriormente faziam-se passar por inspectores da Polícia Judiciária para entrarem nas residências das vítimas, tendo em sua posse armas de fogo, distintivos policiais, cartões de identificação e mandados de busca falsos. Já no interior, ameaçavam e isolavam os residentes num compartimento da habitação, ao mesmo tempo que roubavam ouro, dinheiro e equipamentos tecnológicos. Numa só acção os suspeitos chegaram a roubar 8 mil euros em dinheiro e mais de 40 mil euros em ouro.
Durante a realização de cinco mandados de busca foram recuperados e apreendidos mandados de busca falsos, cartões de identificação da Polícia Judiciária falsos, rádios portáteis, similares aos usados pelas forças policiais, algemas metálicas e plásticas, telemóveis, luvas e gorros e documentos comprovativos de venda dos artigos roubados em lojas de penhores. A operação foi conduzida pela Secção de Investigação Criminal do Grupo de Intervenção de Operações Especiais da Unidade de Intervenção e envolveu 110 militares, sob a coordenação do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, e contou com a colaboração do Grupo de Intervenção de Ordem Pública, do Grupo de Intervenção Cinotécnico e dos Comandos Territoriais de Lisboa e Santarém.