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PSD apela ao diálogo para ajudar freguesias que têm dificuldades em ter médico

A aprovação, em Março último, por parte do Governo sobre uma alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas que garante mais incentivos para o regresso ao activo de médicos aposentados que, de forma temporária, podem dar resposta à escassez de profissionais no Interior do país foi um dos aspectos amplamente debatidos na recente reunião do executivo camarário de Tomar. Recorde-se que a medida surgiu de uma proposta da Distrital e dos deputados do PSD de Santarém e que, na altura, foi acolhida favoravelmente pelo Ministro da Saúde e aprovada posteriormente em Conselho de Ministros. Esta alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas levou o PSD de Tomar a apresentar um requerimento onde questionava o executivo sobre as iniciativas levadas a cabo no sentido do concelho tirar partido da medida. Na resposta, a presidente da Câmara de Tomar fez saber que contratar médicos não é uma competência do município mas sim do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo. João Tenreiro, vereador do PSD, lamentou a resposta e defendeu a realização de uma reunião para tratar o assunto: «Não será uma competência da presidente da Câmara e de alguém tem o pelouro da saúde – pelouro que nunca vi – potencializar esta situação? Estamos disponíveis para ajudar. Temos que aproveitar aquilo que o Governo faz de bom, se bem que também faça coisas más. Senhora presidente reúna connosco para que possamos trabalhar e ajudar as freguesias que não têm médicos a resolver essa situação». Recorde-se que com este novo regime, os médicos têm incentivos de ordem financeira, que lhes permite acumular a pensão com uma parte do salário, o que antes não acontecia, mas também optar de forma mais flexível por um horário mais compatível com a sua disponibilidade. Estes aspectos não alteram, no entanto, o facto de que o município não pode contratar médicos, como referiu a presidente de Câmara, Anabela Freitas. Bruno Graça, vereador com o pelouro da saúde na Câmara de Tomar, referiu, por sua vez, que a autarquia já questionou o Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo sobre esta matéria.