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OURÉM – Vila Medieval e Aljustrel são candidatas às Sete maravilhas de Portugal

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O Município de Ourém acaba de candidatar duas aldeias na iniciativa 7 Maravilhas de Portugal – Aldeias. A Vila Medieval de Ourém e Aljustrel são as apostas de Ourém nesta eleição, na categoria Aldeia – Monumento. A estratégia passa por promover duas aldeias com características bastante distintas e diferenciadoras, com uma tipicidade e autenticidade bastante vincadas. As candidatas a 7 Maravilhas de Portugal são organizadas em 7 categorias e as 7 vencedoras serão apuradas pelo maior número de votos, uma por categoria, não podendo ser eleitas mais do que três aldeias por região. As categorias são: Aldeias com História; Aldeias de Mar; Aldeias Ribeirinhas; Aldeias Rurais; Aldeias Remotas; Aldeias Autênticas; e Aldeias em Áreas Protegidas. As 49 aldeias pré-finalistas são reveladas a 7 de abril e as votações a arrancarem a 1 de Julho. As galas serão transmitidas pela RTP, parceiro de média das anteriores edições das 7 Maravilhas, aos domingos em prime-time. A primeira Gala tem lugar a 9 de julho, em região ainda a definir, e as restantes realizam-se sempre ao domingo à noite, até 20 de agosto, onde serão conhecidos os 14 finalistas. A gala final decorre a 3 de setembro.

Vila Medieval de Ourém – Ocupado desde tempos imemoriais, o morro do Castelo de Ourém, cujo burgo é hoje denominado por ‘Vila Medieval de Ourém’, foi palco de acontecimentos relevantes da história nacional, a que muito ajudou a sua morfologia íngreme e de árduo acesso, ótimos para a vigilância da envolvência e defesa do local.
Ourém, outrora Abdegas e mais tarde Auren, foi conquistada aos mouros durante o reinado de D. Afonso Henriques. Esta terra era, então, um ponto-chave na ligação entre a capital do Mondego e a do Baixo Tejo.

O Castelo de Ourém, classificado como Momento Nacional em 1910, julga-se iniciado na segunda metade do século XII. A criação do concelho, um dos primeiros, deu-se em 1180, mediante carta de foral atribuída pela Infanta D. Teresa, filha do fundador da nação. A povoação foi sendo consolidada ao longo dos séculos -e muito valorizada arquitetonicamente pelo empenho de D. Afonso, o IV Conde Ourém- até ao terramoto de 1755 que a destruiu quase na totalidade, tendo forçado a população, pelo senso, a instalar-se no sopé da colina. Logo a antiga Ourém foi reconstruída e voltou a ser habitada por intrépidos oureenses que fazem, ainda hoje, daquela aldeia alcandorada de vistas privilegiadas, o seu lar.

Aljustrel – Aljustrel é uma aldeia do Maciço Calcário Estremenho que repousa na orla da Serra de Aire. Desde sempre unida à Natureza, a povoação sobreviveu ajustando-se às dádivas da mesma, sabendo aproveitar com engenho a rocha existente em abundância para a construção dos seus cómodos, a armazenar sapientemente a água disponível ao longo do ano, que muitas vezes escasseava, a despedregar os terrenos argilosos para poder cultivá-los e a tirar partido de um vasto matagal de características mediterrânicas, nomeadamente através da pastorícia. O lugar de Aljustrel ou Aliustrel já consta do primeiro mapa integral, que se conhece, do País e que data de 1561, no entanto, foi em 1917 que se deu a conhecer ao mundo, devido aos acontecimentos relacionados com as Aparições de Fátima que mudaram o rumo da história da aldeia e da vivência das suas gentes. De entre as construções dos seus antepassados, testemunhas de tempos idos, destacam-se as casas onde nasceram os videntes, classificadas como imóveis de interesse público desde 1961. Hoje aberta ao mundo, a aldeia recebe todos os dias visitantes que querem conhecer um pouco mais sobre a história das suas gentes e sentir a mística especial do lugar que acolhem no coração como abençoado.