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ACTUALIDADE – Empresas acolhem 167 (70 %) dos estagiários do Passaportes Emprego 3i

O Passaportes Emprego 3i, iniciativa do Governo, dirigiu-se às empresas com projetos aprovados no âmbito dos sistemas de incentivos, dando-lhes a oportunidade de integrar na sua estrutura, mão-de-obra qualificada, a baixos custos. Neste processo, a NERSANT desempenhou um papel de mediador entre as empresas beneficiárias e os estagiários, tendo recebido os currículos dos interessados em realizar os estágios, bem como as ofertas das empresas, fazendo-os corresponder sempre que possível. Na sequência deste trabalho realizado pela NERSANT, decorreram 239 estágios na região do Ribatejo. Na Lezíria do Tejo, participaram 45 empresas e 105 estagiários, enquanto que Médio Tejo, integraram o programa 64 empresas e 134 estagiários. As sessões de encerramento do projeto aconteceram nos dias 29, para a Lezíria, e 30 de junho, para o Médio Tejo, onde todas as empresas e estagiários receberam os certificados de participação no projeto. Nestas sessões, a entidade externa responsável pela avaliação do projeto, fez ainda uma apresentação de resultados relativamente a cada uma das sub-regiões do Ribatejo. Relativamente à Lezíria, o nível de satisfação do orientador de estágio para com o desempenho do estagiário foi bom (50%) ou muito bom (39%). O mesmo grau de satisfação foi atingido pelos estagiários, que se revelaram muito satisfeitos (Bom – 40% e muito bom – 56%). O elevado grau de satisfação quer da empresa, quer do estagiário, resultou num elevado grau de empregabilidade pós estágio. Na Lezíria do Tejo, 59% dos estagiários foram contratados pela empresa no final do mesmo. Na região do Médio Tejo (que contou com a participação de 64 empresas e 134 estagiários) o mesmo grau de satisfação foi atingido, tendo 74% dos estagiários ficado a trabalhar nas empresas. Em termos globais, dos 239 estagiários que integraram o Passaporte Emprego 3i, 135 realizaram contrato de trabalho com as empresas onde estagiaram, o que significa que o projeto teve uma taxa de empregabilidade na ordem dos 67% no Ribatejo. A satisfação de Vítor Rego, administrador da empresa Festivo Começo, S.A., situada na Portela das Padeiras em Santarém, com a integração da estagiária é de tal ordem, que acabou por confessar que “para além da estagiária estar já a chefiar as vendas a nível internacional, vejo-a, num futuro próximo, a chefiar todo o departamento comercial. O mais importante era conseguir a pessoa certa e foi isso que aconteceu.” Uma das empresas do Médio Tejo, refere que aquisição de novos colaboradores veio trazer um novo fôlego à empresa. “A aquisição de estagiários, com novas ideias, rejuvenesce uma equipa que precisa de uma jovialidade e de novos conhecimentos, nomeadamente ao nível das tecnologias”, refere a empresária Ana Coelho, administradora da Diamantino Coelho e Filho, S.A., empresa situada em Tomar. Quanto aos estagiários, a opinião é unânime. Todos estão bastante satisfeitos e realizados e louvam a NERSANT por esta oportunidade única de entrar no mercado de trabalho. “Entrei como estagiário e neste momento sou responsável pela nova fábrica da Diamantino Coelho. Tenho muitas responsabilidades e toda uma fábrica a meu cargo”, disse Nuno Martins, Técnico de Produção da Diamantino Coelho e Filho, S.A.. Nas sessões de apresentação de resultados, António Campos, Presidente da Comissão Executiva da NERSANT, explicou que “valeu a pena apostar nesta medida. Hoje em dia, formar uma pessoa numa empresa, demora cerca de seis meses. É importante que o Estado crie medidas que possam minimizar este custo para as empresas, tornando-as, desta forma, mais competitivas”. E continuou: “A taxa de empregabilidade foi de cerca de 70 por cento, o que significa que as empresas contrataram gente jovem e qualificada, o que é uma evidente mais valia para o tecido empresarial da região”, revelou. A medida Passaportes Emprego 3i teve como objetivo complementar e desenvolver as competências dos jovens que procuram um primeiro ou um novo emprego, de forma a melhorar o seu perfil de empregabilidade e apoiar a transição entre o sistema de qualificações e o mercado de trabalho; promoveu o conhecimento sobre novas formações e competências junto dos empregadores e a criação de emprego em novas áreas; e fomentou o desenvolvimento de recursos humanos nas respetivas áreas de abrangência. As beneficiárias deste projeto foram empresas de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica com projetos de investimento aprovados em qualquer sistema de incentivos. Os estágios foram dirigidos a jovens desempregados inscritos nos Centros de Emprego, detentores de diferentes graus de ensino ou qualificações, perspetivando uma futura integração no mercado de trabalho.